Como escolher o seu cirurgião plástico
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As cirurgias plásticas têm assistido a um crescimento sustentado nos últimos anos, fruto de uma evolução em termos de liberdade social e de crescimento económico, de uma redução do preço dos procedimentos cirúrgicos, mas sobretudo devido à evolução técnica, com diminuição do desconforto pós-operatório, com altas precoces e menores complicações.
Sendo um mercado em crescendo e que envolve um investimento económico por parte dos pacientes, torna-se um terreno apetecível para todos os profissionais médicos (e por vezes não médicos), com ou sem formação específica na área. Assim, penso que a discussão sobre os pontos importantes na escolha do cirurgião plástico é actual e pertinente.
Já noutras ocasiões referi a importância de se ser operado por um profissional com a especialidade que pressupõe anos de formação específica, devidamente reconhecida pela Ordem dos Médicos. No seu site é possível verificar a especialidade de cada médico, sendo esse um ponto de partida imprescindível na selecção do cirurgião plástico. Aliado a uma formação certificada e reconhecida, é muitas vezes útil conhecer o currículo pós graduado do cirurgião. A formação ao longo dos anos, mesmo após concluir a especialidade, é sinónimo de actualização e especialização de conhecimentos.
Sendo uma área economicamente estimulante, é natural que a pressão de divulgação e marketing utilizada por clínicas e profissionais seja por vezes desmesurada, o que obriga a um esforço de interpretação correcta por parte do paciente, o que nem sempre é uma tarefa fácil. É importante perceber o que são divulgações correctas e informadas e saber distinguir os resultados manipulados e fantasiosos ou as novidades tecnológicas que prometem verdadeiros milagres e resultados instantâneos. A sensatez e a procura de informação clara e científica devem orientar o paciente na interpretação das notícias veiculadas pelas redes sociais, jornais, revistas e televisão.
O chamado “passa-palavra” é, sem dúvida, o mecanismo mais eficaz na referenciação e aconselhamento dos pacientes. Ao conhecermos o pré-operatório e o pós-operatório de alguém que nos é próximo, conseguimos obter um testemunho objectivo de todo o processo de avaliação, cirurgia e seguimento pós-operatório. As redes sociais oferecem ainda a possibilidade de abordar directamente pacientes que já tenham sido submetidos a procedimentos cirúrgicos com determinados cirurgiões plásticos, o que permite alargar ainda mais o número de experiências partilhadas por outros.
Após a avaliação destes aspectos, o paciente encontra-se normalmente face a um número reduzido de cirurgiões plásticos. É altura de marcar uma primeira consulta e é normal obter o parecer de dois ou três profissionais antes de partir para a escolha final. A primeira consulta é o momento em que a relação de confiança, empatia e segurança são estabelecidas, ou não, entre o cirurgião e o paciente. É nesta altura que as dúvidas e os esclarecimentos são explorados e que o sentido estético do cirurgião e o processo de tratamento são percebidos pelo paciente. É também na primeira consulta que o próprio cirurgião deverá fazer um esforço para entender as expectativas do paciente e explicar o tipo de resultado esperado com a cirurgia, bem como as limitações e possíveis complicações do procedimento. No final da consulta, a grande maioria dos pacientes tem a sua decisão tomada.
Deixo propositadamente para o final, um dos aspectos que motiva inicialmente a maioria das escolhas – o preço. As tabelas de preço das cirurgias refletem muitas vezes uma estratégia de marketing intrincada. Frases como “cirurgia a partir de…” poderão ser enganadoras e servirem apenas para atrair pacientes. As cirurgias plásticas são procedimentos muitas vezes invasivos, que requerem a presença de profissionais qualificados, materiais protésicos de qualidade e instalações e bloco operatório com requisitos especiais. O preço deverá reflectir todos estes aspectos. Deverá ainda ser tida em conta a necessidade de acompanhamento pós-operatório em consulta. Deverá questionar se os pensos e as consultas de pós-operatório terão um custo adicional, bem como os valores extra que poderão acrescer em circunstâncias de necessidade de internamento prolongado ou de utilização de material não previsto. Deverá ser sempre questionada a qualidade do material protésico utilizado, a sua marca e local de fabrico. Geralmente os valores das cirurgias estéticas terão o chamado “preço fechado” que inclui os honorários de todos os profissionais, o bloco operatório, o internamento previsto e, quando necessário, os implantes ou outro material protésico.
No final, a escolha é muitas vezes emocional e assente no grau de confiança gerado na primeira consulta. Não obstante, todo o trabalho de pesquisa deverá ser realizado de forma a garantir, tanto quanto possível, que o profissional que vai operar tem a qualificação, a experiência e as condições necessárias para conseguir fazer o melhor trabalho possível no seu caso.
Sendo um mercado em crescendo e que envolve um investimento económico por parte dos pacientes, torna-se um terreno apetecível para todos os profissionais médicos (e por vezes não médicos), com ou sem formação específica na área. Assim, penso que a discussão sobre os pontos importantes na escolha do cirurgião plástico é actual e pertinente.
Já noutras ocasiões referi a importância de se ser operado por um profissional com a especialidade que pressupõe anos de formação específica, devidamente reconhecida pela Ordem dos Médicos. No seu site é possível verificar a especialidade de cada médico, sendo esse um ponto de partida imprescindível na selecção do cirurgião plástico. Aliado a uma formação certificada e reconhecida, é muitas vezes útil conhecer o currículo pós graduado do cirurgião. A formação ao longo dos anos, mesmo após concluir a especialidade, é sinónimo de actualização e especialização de conhecimentos.
Sendo uma área economicamente estimulante, é natural que a pressão de divulgação e marketing utilizada por clínicas e profissionais seja por vezes desmesurada, o que obriga a um esforço de interpretação correcta por parte do paciente, o que nem sempre é uma tarefa fácil. É importante perceber o que são divulgações correctas e informadas e saber distinguir os resultados manipulados e fantasiosos ou as novidades tecnológicas que prometem verdadeiros milagres e resultados instantâneos. A sensatez e a procura de informação clara e científica devem orientar o paciente na interpretação das notícias veiculadas pelas redes sociais, jornais, revistas e televisão.
O chamado “passa-palavra” é, sem dúvida, o mecanismo mais eficaz na referenciação e aconselhamento dos pacientes. Ao conhecermos o pré-operatório e o pós-operatório de alguém que nos é próximo, conseguimos obter um testemunho objectivo de todo o processo de avaliação, cirurgia e seguimento pós-operatório. As redes sociais oferecem ainda a possibilidade de abordar directamente pacientes que já tenham sido submetidos a procedimentos cirúrgicos com determinados cirurgiões plásticos, o que permite alargar ainda mais o número de experiências partilhadas por outros.
Após a avaliação destes aspectos, o paciente encontra-se normalmente face a um número reduzido de cirurgiões plásticos. É altura de marcar uma primeira consulta e é normal obter o parecer de dois ou três profissionais antes de partir para a escolha final. A primeira consulta é o momento em que a relação de confiança, empatia e segurança são estabelecidas, ou não, entre o cirurgião e o paciente. É nesta altura que as dúvidas e os esclarecimentos são explorados e que o sentido estético do cirurgião e o processo de tratamento são percebidos pelo paciente. É também na primeira consulta que o próprio cirurgião deverá fazer um esforço para entender as expectativas do paciente e explicar o tipo de resultado esperado com a cirurgia, bem como as limitações e possíveis complicações do procedimento. No final da consulta, a grande maioria dos pacientes tem a sua decisão tomada.
Deixo propositadamente para o final, um dos aspectos que motiva inicialmente a maioria das escolhas – o preço. As tabelas de preço das cirurgias refletem muitas vezes uma estratégia de marketing intrincada. Frases como “cirurgia a partir de…” poderão ser enganadoras e servirem apenas para atrair pacientes. As cirurgias plásticas são procedimentos muitas vezes invasivos, que requerem a presença de profissionais qualificados, materiais protésicos de qualidade e instalações e bloco operatório com requisitos especiais. O preço deverá reflectir todos estes aspectos. Deverá ainda ser tida em conta a necessidade de acompanhamento pós-operatório em consulta. Deverá questionar se os pensos e as consultas de pós-operatório terão um custo adicional, bem como os valores extra que poderão acrescer em circunstâncias de necessidade de internamento prolongado ou de utilização de material não previsto. Deverá ser sempre questionada a qualidade do material protésico utilizado, a sua marca e local de fabrico. Geralmente os valores das cirurgias estéticas terão o chamado “preço fechado” que inclui os honorários de todos os profissionais, o bloco operatório, o internamento previsto e, quando necessário, os implantes ou outro material protésico.
No final, a escolha é muitas vezes emocional e assente no grau de confiança gerado na primeira consulta. Não obstante, todo o trabalho de pesquisa deverá ser realizado de forma a garantir, tanto quanto possível, que o profissional que vai operar tem a qualificação, a experiência e as condições necessárias para conseguir fazer o melhor trabalho possível no seu caso.
Porto, 18 Julho 2017